domingo, 8 de fevereiro de 2009

A fábula do vendedor de cachorros-quentes


Dia destes, conversando com a naturóloga Amana Assumpção, surgiu o assunto da fatídica crise. E ela me fez lembrar da fábula mencionada acima. A história é a seguinte:

Era uma vez um homem que vivia na beira de uma estrada, vendendo cachorro-quente. Ele não tinha rádio, TV e nem lia jornais. Se preocupava em produzir e vender bons cachorros-quentes.
Ele também sabia divulgar como ninguém seu produto: colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava.
Usava o melhor pão e a melhor salsicha. O negócio, como não podia ser diferente, prosperava. Tanto que ele conseguiu mandar seu filho estudar na melhor faculdade do país.
Um dia, seu filho já formado voltou para casa. E falou ao pai:
- Pai, você não ouve rádio, não vê TV, não lê os jornais? A situação é crítica. O país vai quebrar.
Depois de ouvir isso, o homem pensou: "Meu filho estudou fora, lê jornais, vê TV. Deve estar com a razão".
E, com medo, procurou um fornecedor mais barato para o pão e as salsichas. Pra economizar, parou de fazer seus cartazes de propaganda. Abatido pela notícia, já não oferecia o seu produto em voz alta.
As vendas, é claro, despencaram até o negócio quebrar.
Entao o pai, muito triste, falou para o filho:
-,Você estava certo, filho, estamos no pior momento de todos os tempos.