sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Fenomenologia

Outro dia me perguntaram o que seria a fenomenologia. Não sou uma expert no assunto. Mas posso indicar o livro de Yolanda Cintrão Forghieri (capa) através do qual pude aprender alguns princípios básicos sobre a matéria.
Arrisco a fazer alguns comentários sobre o que aprendi em sala de aula. Franz Brentano foi o precurssor da fenomenologia, que estuda a essência através da descrição do fenômeno. Posteriormente, com a queda do positivismo e de outras correntes filosóficas, Husserl foi considerado o "pai" da Fenomenologia. As correntes filosóficas de Descartes (racionalista) e a de Bacon (empirista) enfocavam a relação sujeito-objeto cada qual à sua maneira, pressupondo que o mundo existia independente do homem. Para Brentano, o ser humano e o mundo são inseparáveis.
Entende-se por fenômeno tudo o que se manifesta através da vivência, que se dá através de alguns dos nossos sentidos como visão, olfato, paladar, tato e audição. É o que aparece na nossa consciência como fato ou essência.
Essência é o próprio objeto. Existe uma essência para cada objeto que percebemos. Uma para cada qualidade que atribuímos ao objeto. Existem tantas essências quanto nossos objetos da nossa percepção, nosso pensamento podem se dar. As essências não existem fora do ato da consciência.
A Fenomenologia nega a pura objetividae, pois busca compreender o homem considerando a trajetória da civilização; o homem como ser com possibilidades de escolha, caminhos, risco e responsabilidade por seus atos.
A Fenomenologia vê o homem como um ser consciente e que a consciência não existe sem o objeto, pois é sempre consciência de algo. Faz uma análise intencional das essências nas regiões da natureza (física), do espírito (mental, abstrata, intuitiva) e da região da consciência, o próprio ato da consciência.
A consciência é dotada de intencionalidade, ou seja, da capacidade humana de ter intenção, que é o ato de atribuir sentido a alguma coisa. Sentido é o que cada um dá um determinado objeto, que é passível de identifição através da intuição: da visão do sentido ideal que atribuímos ao fato, ao fenômeno percebido.
Os aspectos da intecionalidade dependem da percepção (intenção), do significado que é dado ao objeto. Portanto, provem do objeto. A estrutura do sentido que possibilita ver e compreender o mundo exterior tal qual é. A Fenomenologia faz uma reflexão sobre a experiência variada da vivência. chegando-se ao que é essencial. Usa método experimental diferenciado, apresentando pesquisador como não-neutro, ou seja, participante.
O método fenomenológico é denominado método redutivo, que é uma mudança de atitude que permite visualizar o mundo como fenômeno. O ser humano e o mundo são inseparáveis. Um não existe sem o outro. É essa relação que interessa à Fenomenologia.

Enfim, um crítico!

Um anônimo comentou que meu último texto é medíocre. Tem todo direito de pensar assim. Agradeço qualquer comentário feito porque indica que, apesar da mediocridade, existem pessoas lendo. Só quero deixar registrado que, talvez, tal anônimo não saiba a diferença entre um texto jornalístico e um texto livre, de simples desafo, de divagação. Em nenhum momento mencionei que este seria um blog de teor jornalístico, basta observar o título: relatos e divagações.

Como é anônimo não tenho como avaliar a capacidade deste leitor de distinguir entre uma escrita livre, uma poesia, um poema, uma crônica, um conto, um relato, uma divagação, um comentário ou um fato, uma reportagem, uma notícia, uma denúncia. Talvez um dicionário o possa auxiliar.

Fico pensando se esta pessoa não é alguém que me conhece bem. Que acompanha o meu trabalho como jornalista ativa desde 1986. Talvez seja um desafeto. Talvez seja alguém que tenha sido protogonista de uma das minhas reportagens. Talvez seja apenas uma pessoa sem informação suficiente sobre o significado das palavras e que ainda não descobriu como interpretar um texto. Talvez seja alguém que sequer leia jornal, pois do contrário teria ao menos conhecimento do trabalho que já desenvolvi na cidade e em vários outros municípios. Ou pelo contrário. Talvez seja um jornalista. Quem sabe? Se jornalista, acredito que teria a hombridade e a ousadia inerentes à profissão para se identificar. Uma honra para mim.

Mas nada disto importa. O que importa mesmo é que hoje, exatamente hoje, a Prefeitura, ou como queira a SAAMA - Secretaria de Abastecimento, Agricultura e Meio Ambiente - efetuou a limpeza da área. O mato foi roçado e agora falta apenas ser rastelado. Tenho todo o direito de ter a pretensão de pensar que meu telefonema e meu texto medíocre resultaram em uma ação positiva.

Talvez quem tenha feito o comentário seja exatamente alguém que faça parte do poder público, quem sabe de uma maneira não muito digna, e tenha se sentido ofendido. De qualquer forma, o importante é que, anônimo ou não, continuem lendo e tecendo comentários. Esta é a intenção. Obrigada e tenham um excelente final de semana.