segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Roseli Coelho: uma vida dedicada à arte de representar e educar



Quem em Mogi Guaçu e região já não ouviu falar ou não conhece Roseli Coelho? Sempre ativa, incansável e premiadíssima em diversos festivais, onde arrebatou prêmios nas categorias Melhor Espetáculo, Iluminação, Ator, Atriz, Adaptação, Direção, Figurino, Sonoplastia, Músicas Inéditas, entre outros.
Antenada, está sempre participando de workshops e novos cursos em outros municípios do interior e também na capital, acompanhando tudo o que há de novo ou diferente na maneira de entreter, divertir e educar a platéia, que em Mogi Guaçu sempre está presente, talvez reconhecendo merecidamente o trabalho que desenvolve com adolescentes e jovens em escolas municipais, estaduais ou particulares.
Formada pela Faculdade Mozarteum de São Paulo, com Licenciatura plena - habilitação em artes cênicas - desde 1988, Roseli foi apontada como a melhor atriz na fase municipal do Mapa Cultural Paulista por sua atuação na peça Um Dia Muito Especial. Dirigiu o Projeto Quebrando Barreiras de Teatro com Deficientes em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado. Em 2005 foi selecionada para o Projeto Ademar Guerra recebendo orientação de Danielle Varotto com o grupo de teatro da EMIA com a peça “A Casa de Bernarda Alba” de Federico García Lorca. Em 2007 foi novamente escolhida para o Projeto Ademar Guerra recebendo orientação de Reginaldo Nascimento com o grupo de teatro da EMIA, com a peça “Eles não usam Black-tie” de Gianfrancesco Guarnieri. No mesmo ano foi selecionada para participar do 6º. Fórum Artístico da Cooperativa Paulista de Teatro – A criação teatral no interior do Estado – Encontro Regional do Projeto Ademar Guerra, em Bauru, numa realização da Secretaria do Estado da Cultura, Prefeitura Municipal de Bauru, Cooperativa Paulista de Teatro, Governo do Estado de São Paulo, Projeto Ademar Guerra, Abaçai e Funarte.
Devido à extensão e à riqueza de seu currículo, solicitei que ela mesma falasse um pouco da sua história. E aí está:
"Minha vida no teatro ou o teatro na minha vida começou na faculdade. Jamais imaginei que eu, um dia fosse amar e viver com o teatro de forma tão intensa.
Mas ele tornou-se parte do meu trabalho, quando, em 1991, morando em Mogi Guaçu e lecionando Arte em uma escola estadual, uma aluna me procurou pedindo que eu dirigisse um grupo da escola para participar do FETEG.
A minha resposta foi: “O que é FETEG?”.
Eu não sabia, morava há pouco tempo na cidade e ainda não conhecia os costumes. Ela me explicou que era um Festival de Teatro do Estudante Guaçuano e que todas as escolas podiam participar. Como elas não tinham ninguém para ajudá-las, resolveram me procurar por eu ser a professora de Artes. Fiquei lisonjeada e aceitei o desafio, afinal eu nunca tinha dirigido um espetáculo antes.
Daí para cá o meu envolvimento com o teatro não parou mais. Nesta escola fiz um trabalho voluntário, trabalhando aos sábados, domingos e feriados por 8 anos consecutivos.
Participamos de diversos festivais além de Mogi Guaçu, como o que acontece nas cidades de Santos, Tatuí, Sumaré, Campinas. Foi uma experiência inesquecível. Fico feliz em saber que plantei sementes, muitas estão dando frutos, dirigindo seus grupos ou atuando, outras ficaram marcadas para o resto da vida com o teatro de forma positiva.
Parei por uns quatro anos e meio para repor energias e conviver mais com minha filha, precisava muito, nem por isso deixei de ter contato com o teatro e projetos, mas sem participação em festivais.
Voltei em 2003, até então era um trabalho voluntário, a partir deste ano, passei a ser contratada como professora de Teatro.
Trabalho com nove grupos (loucura maravilhosa, pela prefeitura e escola particular), onde até o ano de 2007 montava espetáculos com todos eles e a partir de 2008 optei por esquetes com alguns grupos e um ou dois espetáculos envolvendo praticamente todos, porque estava ficando difícil demais montar oito, nove e até dez espetáculos por ano e ainda lecionar Arte, pesquisar...
Sou a pessoa que mais dirigiu peças de teatro no FETEG e, por favor, não estou sendo exibida, não me levem a mal, mas também a mais premiada. Em um ano montei oito espetáculos para o festival, sem contar as outras montagens para eventos específicos, como Folclore, Semana da Consciência Negra etc.
Preciso encontrar muitas coisas (ainda bem!) e não quero me acomodar. Estou sempre a procura de cursos que proponham descobertas, desapego, escuta... E cada vez que me encontro nestes cursos, percebo que não sei nada.
Tenho encontrado pessoas generosas, que compartilham sua sabedoria de maneira maravilhosa.
Estou feliz em perceber que ainda tenho muito a descobrir.
É isto!
Sou Roseli e falei!"
Merece ou não aplausos e admiração? Além de todo este trabalho com o teatro, Roseli Coelho é mulher, mãe, amiga...E mesmo sabendo da sua importância principalmente para Mogi Guaçu, nunca a vi se esquivar de um convite, recusar a aceitar um desafio ou simplesmente, atender ao meu modesto pedido para que parte da sua história fosse contada neste blog. Parabéns Roseli! Também ficamos felizes por saber que ainda tem muito a descobrir e, é claro, a ensinar!

Cometa Lulin poderá ser visto



O esverdeado Lulin poderá ser visto cruzando o céu, na madrugada desta terça-feira, com o auxílio de um binóculo. Atual cometa mais brilhante do espaço, o Lulin só deverá retornar para esses lados daqui a 60 milhões de anos.

A situação ideal para enxergar o astro é estar em um local com céu limpo, longe das luzes urbanas. Se o tempo colaborar, é possível que o Lulin possa ser visto a olho nu, mas o uso de binóculo é recomendável.

O cometa passará próximo a Saturno e, para visualizá-lo, é necessário olhar para o Leste, onde o sol nasce. Por estar na fase minguante, a Lua deve facilitar a observação, não ofuscando o brilho verde do Lulin.

A distância entre o astro e os observadores será de 60 milhões de quilômetros— a metade da distância entre o Sol e a Terra, conforme informa o Zero Hora.