sábado, 28 de fevereiro de 2009
Mensagem de um idoso
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Indignação sim. Banalização não.
Parabéns mogimirianos
Conforme explicaram os autores do cartaz vencedor em site da CNBB, “o conceito principal da imagem é mostrar que a paz pode ser conseguida em qualquer nível cultural ou econômico e a cultura é uma forte ferramenta para conseguirmos a paz”. O tema da Campanha deste ano é “Fraternidade e Segurança Pública” e tem como lema “A paz é fruto da Justiça”.
Os Tres Filtros De Socrates
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
A polêmica sobre o título de Cidadão
Fui informada que, em Mogi Mirim, o chefe da Casa Civil do Estado, Aloysio Nunes Ferreira Filho, será homenageado com a honraria na manhã do dia 28, sábado, no Clube Recreativo. A idéia de homenageá-lo com o título de Cidadão Mogimiriano foi do prefeito da cidade, Carlos Nelson Bueno (PSDB), que sugeriu ao presidente da Câmara, Oswaldo Quaglio (PSDB) a apresentação do projeto, aprovado por unanimidade.
Acontece que a concessão do título de Cidadão é feita, em tese, para personalidades com serviços prestados à cidade, sejam ou não moradores da mesma. No caso de Aloysio Nunes Ferreira Filho, pelo que consta, não há registros conhecidos de relações dele com Mogi Mirim, a não ser no campo político. Simples assim. Talvez aí esteja a explicação que todos vocês, leitores do blog, estão buscando: ter relações no campo político. Esse é o segredo.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Notícia preocupante
Segundo a família, Sônia disse que foi picada por um mosquito na quinta-feira da semana retrasada em uma plantação de mostarda. Na segunda-feira seguinte, a faxineira começou a passar mal e foi levada ao pronto-socorro, onde o médico suspeitou de dengue, como revelou Mirian Elaine Krepschi, 28 anos, irmã de Sônia. "Ele disse que era muito cedo para fazer exames."
Como o quadro de febre e dores no corpo não melhorou, na quinta-feira passada, a família levou Sônia para o Hospital São Luiz, onde, segundo a irmã, foi feito um exame que confirmou ser dengue e a paciente foi internada.
"Ela teve uma piora muito grande e, anteontem, o médico disse que era dengue hemorrágica", afirmou Mirian. Sônia morreu às 22h30 de anteontem. A irmã afirmou que o hospital chegou a solicitar um exame no IML para confirmar o quadro de dengue hemorrágica, o que depois foi dispensado pelo hospital, pois o médico confirmou o diagnóstico.
Procurado, o hospital não se pronunciou. No boletim de ocorrência do caso, há duas causas para a morte : pneumonia e dengue hemorrágica.
Gente, a questão é séria. A população pode auxiliar no combate ao mosquito transmissor da dengue. E deve também se informar sobre a doença e sobre as maneiras de como previní-la. Leia abaixo:
PREVINA-SE
A dengue é uma doença provocada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Seus sintomas são febre alta, dor de cabeça e nos olhos, dores nos músculos e nas articulações, febre alta, manchas avermelhadas pelo corpo, falta de apetite, fraqueza e sangramentos, nos casos de dengue hemorrágico.
Procure imediatamente um médico. Faça repouso, beba muito líquido e só use medicamentos para dor e febre com indicação do médico.
Evite tomar qualquer analgésico à base de ácido acetilsalicílico, pois esta substância aumenta o risco de sangramento, nos casos de dengue hemorrágico.
O COMBATE DEVE SER PERMANENTE
Para evitar o dengue é necessário impedir o crescimento do mosquito. O combate deve ser permanente, no trabalho e na sua residência, observe os seguintes cuidados:
VASOS DE PLANTAS - Não deixe acumular água em vasos, pratos e jarros de plantas
EMBALAGENS - Não deixe jogados objetos que possam acumular água, como latas, copos e embalagens plásticas
GARRAFAS - Garrafas e frascos vazios devem ficar de cabeça para baixo
PNEUS VELHOS - Deixe-os em local seco e protegido da chuva ou livre-se deles
LIXO - Mantenha o latão de lixo tampado e seco
CAIXAS D'ÁGUA, CISTERNAS OU OUTRO RESERVATÓRIO DE ÁGUA -
Devem ficar bem fechados, sem frestas, impedindo a entrada do mosquito.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Roseli Coelho: uma vida dedicada à arte de representar e educar
Mas ele tornou-se parte do meu trabalho, quando, em 1991, morando em Mogi Guaçu e lecionando Arte em uma escola estadual, uma aluna me procurou pedindo que eu dirigisse um grupo da escola para participar do FETEG.
A minha resposta foi: “O que é FETEG?”.
Eu não sabia, morava há pouco tempo na cidade e ainda não conhecia os costumes. Ela me explicou que era um Festival de Teatro do Estudante Guaçuano e que todas as escolas podiam participar. Como elas não tinham ninguém para ajudá-las, resolveram me procurar por eu ser a professora de Artes. Fiquei lisonjeada e aceitei o desafio, afinal eu nunca tinha dirigido um espetáculo antes.
Daí para cá o meu envolvimento com o teatro não parou mais. Nesta escola fiz um trabalho voluntário, trabalhando aos sábados, domingos e feriados por 8 anos consecutivos.
Participamos de diversos festivais além de Mogi Guaçu, como o que acontece nas cidades de Santos, Tatuí, Sumaré, Campinas. Foi uma experiência inesquecível. Fico feliz em saber que plantei sementes, muitas estão dando frutos, dirigindo seus grupos ou atuando, outras ficaram marcadas para o resto da vida com o teatro de forma positiva.
Parei por uns quatro anos e meio para repor energias e conviver mais com minha filha, precisava muito, nem por isso deixei de ter contato com o teatro e projetos, mas sem participação em festivais.
Voltei em 2003, até então era um trabalho voluntário, a partir deste ano, passei a ser contratada como professora de Teatro.
Trabalho com nove grupos (loucura maravilhosa, pela prefeitura e escola particular), onde até o ano de 2007 montava espetáculos com todos eles e a partir de 2008 optei por esquetes com alguns grupos e um ou dois espetáculos envolvendo praticamente todos, porque estava ficando difícil demais montar oito, nove e até dez espetáculos por ano e ainda lecionar Arte, pesquisar...
Sou a pessoa que mais dirigiu peças de teatro no FETEG e, por favor, não estou sendo exibida, não me levem a mal, mas também a mais premiada. Em um ano montei oito espetáculos para o festival, sem contar as outras montagens para eventos específicos, como Folclore, Semana da Consciência Negra etc.
Preciso encontrar muitas coisas (ainda bem!) e não quero me acomodar. Estou sempre a procura de cursos que proponham descobertas, desapego, escuta... E cada vez que me encontro nestes cursos, percebo que não sei nada.
Tenho encontrado pessoas generosas, que compartilham sua sabedoria de maneira maravilhosa.
Estou feliz em perceber que ainda tenho muito a descobrir.
É isto!
Sou Roseli e falei!"
Merece ou não aplausos e admiração? Além de todo este trabalho com o teatro, Roseli Coelho é mulher, mãe, amiga...E mesmo sabendo da sua importância principalmente para Mogi Guaçu, nunca a vi se esquivar de um convite, recusar a aceitar um desafio ou simplesmente, atender ao meu modesto pedido para que parte da sua história fosse contada neste blog. Parabéns Roseli! Também ficamos felizes por saber que ainda tem muito a descobrir e, é claro, a ensinar!
Cometa Lulin poderá ser visto
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Davi, o amado
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
O tempo não conta
Lembrei-me hoje de letras de músicas que não ouço há muito, muito tempo. A maioria delas me traz boas lembranças. Saudade não. Nem falta, porque penso que a vida é isto mesmo. É um constante continuar, passar, seguir. O que conta não é o tempo. Mas o bom proveito que fiz dele. É o que conheci, vi, senti, vivi. E hei de viver ainda. Muito! Em todo caso, se assim não for, não chorem por mim. Pois tenho certeza de estar vivendo bem. Aprendi a ganhar e também a perder. Sei como sorrir e choro quando sinto vontade de chorar. Meus olhos viram - e ainda hão de ver - tanta coisa bela! E meus ouvidos ouviram e ouvem melodias realmente incríveis! E minhas narinas sentiram e sentem tantos cheiros bons: de jasmim, de arroz-doce com canela, de flor de laranjeira, de terra, de pão de queijo, de broa de fubá e também cheiro de você, de vocês que passaram pela minha vida. Minha pele sente toques, carícias indescritíveis. Toque de pétala de rosa, de um cobertor macio em um dia frio, de um abraço espontâneo, de dedos que tentaram decorar meus traços, de brisa no final da tarde, de orvalho nos pés de manhã bem cedinho...
Não sei quanto tempo tenho. Ninguém o sabe e quando o sabe faz tudo para revertê-lo. Sei só que sou grata. Que gosto do que vivi até agora. Que não me arrependo, nem mesmo dos meus inúmeros erros, pois me fizeram aprender e crescer. E eu serei sempre aprendiz. Aberta e disposta a acompanha o que o tempo ainda me reserva. Que venha o tempo! E que vivamos sem máscaras. Mesmo que, às vezes, doa. A dor também não há de ser eterna. Nada é eterno. E o que me encanta mesmo é esta transitoriedade. Bom que seja assim!
Comecei falando sobre música e quero concluir com uma letra que, ao meu ver, é maravilhosa. Almir Sater e Renato Teixeira:
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida
seja simplesmente compreender a marcha,
e ir tocando em frente
como um velho boiadeiro levando a boiada,
eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
de estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, e ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs,
o sabor das massas e das maçãs,
é preciso amor pra poder pulsar,
é preciso paz pra poder sorrir,
é preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si carrega o dom de ser capaz,
e ser feliz.
Desrespeito ao consumidor
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Soneto à querida Maria Lúcia
Estado doce de Minas Gerais,
Maria Lúcia menina...nasceu
para a alegria do mundo e dos pais.
Por vales, colinas e Ribeirões,
nossa menina brincou e correu;
e na mais alta montanha subiu,
foi meditar...a menina cresceu.
Justificando a existência entrelinhas,
naturalmente a poesia chegava,
repensa “O jogo das Amarelinhas”.
Quer ler a alma do mundo, informar,
com olhos livres, com fidelidade,
reescreve a história, com um novo olhar.
Fátima Fílon
Obrigada!
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Faboci promete dinamizar a cultura
Uma das ações que mais me agrada é a que Faboci disse ter como meta que o carro-biblioteca tenha o acompanhamento de uma escritora, tornando-o mais "criativo". Na minha opinião a idéia é digna de aplausos, pois as crianças terão um contato ainda mais direto com a leitura. Poderão até, quem sabe, acompanhar uma estória "ao vivo".
E caso não haja recursos para trazer escritores de fora do município, pode-se aproveitar os que temos aqui na cidade, cujo número não deve ser pequeno. Afinal, temos uma Casa do Escritor e uma Academia Guaçuana de Letras. Diversas pessoas já foram premiadas por seus trabalhos. Se também isso não for possível, existem atores amadores ou não que podem auxiliar na tarefa, como é o caso de Iva Marques, Roseli Coelho, Romildo Augusto, só para citar alguns que já desenvolveram e desenvolvem trabalhos relacionados à arte-educação. Parabéns Faboci, que suas idéias floresçam! Ganharemos nós e também moradores de cidades vizinhas. Boa sorte!
Autoritarismo só? É mais que isso...
A atitude do prefeito não foi apenas autoritária. Foi, no meu ponto de vista, impensada até. Porque como homem público que se transformou, com o respaldo e apoio do povo guaçuano, a quem se não tem a obrigação legal, deve ter a obrigação moral de deixá-lo informado com clareza, transparência e verdade sobre seus projetos, planos e realizações, como qualquer outro cidadão público.
Como homem sábio e culto que é, com certeza o prefeito sabe que a jornalista estava apenas cumprindo a sua função da melhor maneira possível, Deve saber também, como homem sensível e ligado ao povo, que aos seus eleitores e aos moradores de um modo geral, interessa não "o brilho" que a entrevista possa ter, mas principalmente, o seu conteúdo.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Cidadão guaçuano
Tive a honra e o prazer de entrevistá-lo algumas vezes, ainda como repórter da Gazeta Guaçuana. Não cheguei a ser amiga dele. Não. Não posso afirmar isso. Mas ao conhecê-lo pessoalmente, eu, que já o admirava, passei a ser fã mesmo.
Apesar do artista brilhante e versátil que sempre foi, recebeu-me com simpatia e simplicidade em sua casa. Viajei com as histórias dele em suas perfomances em navios, vibrei com suas vitórias em diversos festivais, inclusive os promovidos pela Record e, principalmente, emocionei-me com aquele homem sensível, capaz de compor com tamanha facilidade que, às vezes, fazia os arranjos para a letra que ainda estava compondo. Surpreendi-me quando afirmou ter escolhido Mogi Guaçu como a cidade que queria viver e onde havia conquistado muitos amigos. Levou, elevou o nome da cidade durante suas apresentações em diversos programas de televisão. Será que chegou a receber o título de Cidadão Guaçuano? Esta informação não tenho, pois há anos trabalho fora da cidade.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Cresce a procura pela auto-hemoterapia
Auto-hemoterapia é uma prática homeopática ligada a isoterapia, que consiste na recolha de sangue a partir de um vaso sanguíneo e administração desse sangue por via intramuscular à própria pessoa, no músculo ou nas nádegas.
Foi introduzida no Brasil pelo médico brasileiro Licínio Cardoso e consistia originalmente em aquecer o sangue até a temperatura de 37 °C, por 24 horas, dinamizá-lo e aplicar injeção intramuscular. A quantidade de sangue, frequência da administração e duração das aplicações depende da doença a ser tratada. Esta prática tem sido usada com a intenção de curar ou limitar a progressão de várias doenças, que de acordo com relatos de casos pessoais, incluem hipertensão, diabetes, malária e hepatite B, entre outras.
A auto-hemoterapia encontra-se rodeada em polêmica. O argumento de vários defensores da prática baseia-se em relatos de pessoas que garantem ter atingido a cura graças ao uso da auto-hemoterapia, enquanto que os seus críticos apontam para a inexistência de estudos que demonstrem a sua eficácia e segurança. A falta de respaldo científico é reconhecida pelos próprios defensores do método.
De acordo com a legislação brasileira, apenas um médico especialista em hemoterapia ou hematologia (ou outro profissional devidamente reconhecido para este fim pelo Sistema Estadual de Sangue) pode responsabilizar-se por procedimentos hemoterapêuticos. O Conselho Federal de Medicina proíbe aos médicos brasileiros a utilização de outras práticas terapêuticas não reconhecidas por essa comunidade científica, como é presentemente o caso da auto-hemoterapia, que, assim, não pode ser considerada um tratamento médico no Brasil.
A auto-hemoterapia consiste num tipo de transfusão autóloga (para si próprio) de sangue, e assim como qualquer outra transfusão traz em si um risco, seja imediato ou tardio, devendo, portanto, ser criteriosamente indicada. A ausência de indicações comprovadas é parte do motivo pela qual a Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira (ANVISA) considera o uso da auto-hemoterapia uma infracção sanitária e sujeita os envolvidos às penalidades previstas na lei.
Alerta da Anvisa
Nota Técnica nº 1 de 13 de abril de 2007 Auto-Hemoterapia: Considerando os questionamentos recebidos pela Gerência de Sangue e Componentes – GGSTO/ANVISA, sobre a prática denominada de “auto-hemoterapia” esclarecemos o que segue:
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
No vento...
penso em você e, então ,
quisera me transformar em vento.
E se assim fosse, chegaria agora como brisa fresca e tocaria leve sua janela.
E se você me escuta e me permite entrar,
em você vou me enrroscar quase sem a tocar.
Vou roçar nos seus cabelos,
soprar mansinho no ouvido,
beijar sua boca macia, com o embalar no meu carinho.
Mas eu não sou vento...Agora sou só pensamento
e estou pensando em você.
E se abrir sua janela,eu estou chegando aí, agora...
neste momento, em pensamento...no vento.
Tenha uma ótima semana.
Beijos, Ricardo.
Ricardo, não sei quem é você e por quê me enviou este texto. Acredito que tenha sido para que eu o publicasse. Aí está. Agradeço imensamente pelo carinho. Um grande abraço. Boa noite. Lúcia.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Guerreira com ternura e poesia: Fátima Fílon
Para quem ainda não ouviu falar, trata-se da biblitoca comunitária Fátima Fílon instalada na EMEI Prefeito Carlos Franco de Faria, no Jd.Santa Terezinha, escolhida pelas professoras do PROFA e aclamada por unanimidade. O projeto Pró-Biblioteca Gerdau e o Instituto Avisalá SP, premiou Mogi Guaçu, "que foi muito bem representada pelas professoras, que não mediram esforços para trazer esse prêmio para nossa cidade", diz. A Biblioteca conta com o apoio total do PROFA que está promovendo, desde a inauguração no dia 24 de maio de 2006, eventos e ainda divulgando o e-mail e telefones para doações de livros para a Biblioteca.
http://www.capitalmulher.com.br/
http://www.portalmogiguacu.com.br/
http://www.radionovaguacu.com.br/
Astronauta virá ao Tupec
domingo, 8 de fevereiro de 2009
A fábula do vendedor de cachorros-quentes
Dia destes, conversando com a naturóloga Amana Assumpção, surgiu o assunto da fatídica crise. E ela me fez lembrar da fábula mencionada acima. A história é a seguinte:
Ele também sabia divulgar como ninguém seu produto: colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Para pensar
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Fenomenologia
Enfim, um crítico!
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Leis no papel
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Angústia
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
No cemitério
Nova identidade
Gattaca
Os estudos genéticos, com suas predições e profecias, reanimaram os estudos sobre as determinações biológicas nos animais e vêm provocando a força das culturas que se crêem capazes de domesticar e modelar essa suposta natureza pré-figurada dos humanos. O filme Gattaca é exatamente a representação deste limbo, dessa fronteira ainda pouco determinada entre a força da natureza frente à avassaladora sedução da cultura e da socialização.
A nova ordem social era fruto de uma matemática genética estabelecida ao nascer: predisposições genéticas a desordens e caracterizavam os inválidos, ao passo que os válidos eram aqueles com altos índices de "quociente" genético, um conceito eficientemente criado pelo filme para resumir o conjunto de expectativas sociais condensadas pela biologia.
Vincent era um inválido segundo a ordem sócio-genética do mundo representada por Gattaca. Entre pessoas válidas e inválidas, ou seja, entre aquelas nascidas pelo método natural e aquelas geradas com o apoio das tecnologias reprodutivas, o mundo social se organizava.
O currículo de Vincent, assim como o de todos os personagens do filme, dos faxineiros aos diretores do centro espacial, era determinado por células. Sangue e urina eram capazes de resumir o que o fenótipo teimava em esconder.
A uma primeira vista não havia diferenças entre Vincent e seu irmão, Anton, um válido gerado pelas tecnologias reprodutivas que lhe garantiram não ser obeso, não ter predisposição à violência e ter olhos e cabelos castanhos.
Os instrumentos tradicionais de definição e registro da identidade, tais como a raça, perdiam seu sentido diante da força implacável do determinismo genético. E o enredo de Gattaca faz questão de provocar os limites de nosso treino simbólico: o médico que atende os pais de Vincent por ocasião da segunda gestação é um negro, ao passo que o faxineiro-responsável pela limpeza na base espacial era branco. A diversidade racial dos astronautas que acompanham Vincent rumo ao espaço -negros, brancos e amarelos, em posição de igualdade - é impensável para o nosso tempo.
Nossa sociedade democrática está marcada pela raça, pela etnia, pelo gênero, variações físicas do conceito de classe social, assim como Gattaca estava marcada pelas células de DNA. Propositadamente, deslocaram-sem as identidades raciais de seus locais tradicionais: não importa se são pessoas brancas ou negras, o fato é que geneticistas e faxineiros são antes definidos por sua genética molecular que mesmo por sua aparência fenotípica. Os limites raciais foram ultrapassados pela descoberta dessa suposta natureza resistente à perfeição, algo que é capaz de nos nivelar pelas deficiências e falhas.
A inteligência do projeto sóciogenético apresentado pelo filme está no fato de que a identidade das pessoas válidas não se estabelece por um conjunto de valores idílicos que todas as pessoas deveriam compartilhar, tal como vulgarmente sustenta qualquer ideologia de superioridade racial; estabecesse pela ausência de falhas, um processo interminável de definição da perfeição em que o tipo ideal estaria sempre por ser alcançado. Proliferam pessoas quase perfeitas em Gattaca, a tal ponto que o diretor do centro espacial rememora o tempo em que foi preciso aceitar pessoas portadoras de falhas mais significativas. Essa perfeição biológica sempre por alcançar, o geneísmo, isto é, a ideologia que supõe haver uma superioridade genômica de alguns humanos em detrimento de outros, está dentre as filosofias segregacionistas das mais eficazes que a humanidade poderá criar.
Não há tipo ideal, não há modelo de bom. Este é um valor sempre a ser descoberto, mas continuamente balizado pelas falhas das pessoas inválidas. Por isso, arriscaria dizer que não há uma pessoa em Gattaca com "quociente genético" de 100%, uma vez que está é uma medida fruto da esperança genética da perfeição que nunca será alcançada. Esta é, no meu ponto de vista, a realidade.
Muito embora o filme seja uma aposta no futuro da genética e da ciência como agentes controladores da vida social, o enredo nos conduz exatamente à conclusão oposta: se por um lado, Vincent, o protagonista do filme, apóia-se na nova ordem científica para sobreviver e ascender socialmente, ele também representa a falência da profecia genética que lhe foi feita ao nascer. Sua fragilidade física - 99% de chances de parada cardíaca, com uma sobrevida limite de 30,2 anos, não foi capaz de invalidar sua ânsia pela expressão social.
* Análise do filme Gattaca a partir do conceito realidade, sabendo que a realidade é construída pelo homem. Trabalho apresentado como requisito básico da disciplina Sociologia e Antropologia II.