segunda-feira, 16 de março de 2009

Denúncia sobre compra de votos


O Ministério Público entrou com ação civil pedindo a cassação do mandato do vereador José Roberto Machado, o Zé Roberto do Cartório, do PMDB, acusado de corrupção eleitoral nas últimas eleições. A acusação foi feita por um ex-assessor do vereador, Almir José da Silva.

Almir entregou à Justiça centenas de cópias de números de títulos eleitorais e os nomes dos portadores do documento.

Segundo Almir, cada voto teria sido comprado por R$ 60,00, valor que seria pago em duas parcelas. Conforme documentos anexados no processo, o dinheiro combinado seria levado entregue na casa de cada eleitor, depois, é claro, dos assessores do vereador conferissem os votos de determinada seção eleitoral dos títulos anotados.

Consta também do processo que Zé Roberto teria encaminhado centenas de elitores para a realização de casamento civil, onde a irmã do vereador, Neusa Machado Thim, é oficial do Cartório de Registro Civil. Obviamente, neste caso, o casamento seria realizado gratuitamente.

Testemunhas ouvidas pela Justiça já confirmaram a denúncia feita pelo ex-assessor Almir José da Silva, o que agrava a situação do vereador, o qual, se comprovada a denúncia e tenha seu mandato cassado, deverá ser substituído pelo 1º suplente, Ademar Balduíno de Carvalho, o Tigrão.

Gente, em casos como esses ficam algumas indagações. Qual das atitudes seria mais depreciável: a do vereador supostamente corrupto que se dispôs a comprar o voto ou a do eleitor corruptível que por R$ 60,00 supostamente venderia a principal arma da democracia, que é o voto. E o ex-assessor? Na verdade, o que o teria motivado a apresentar a denúncia, uma vez que certamente deve ter feito parte do esquema?

A denúncia apresentada por Almir teria sido feita visando o interesse da comunidade como um todo? Teria ele tido uma crise súbita de consciência e se arrependido de ter participado do esquema ou será que alguma benesse da qual desfrutava antes lhe foi repentinamente tirada? Quem sabe, estaria Almir agindo em benefício de terceiros? De qualquer forma, sua ação é louvável.

Não sei. Não sabemos. O que importa é que a denúncia foi apresentada e que esperamos que a Justiça seja feita. É incabível atitudes como esta em tempos como o nosso. Tanto da parte do corruptor, como da parte do corruptível. A crise não justifica. Afinal, R$ 60,00 não resolve problema financeiro de ninguém. Ou será que resolve? A minha, garanto que não.

Está mais do que na hora do povo saber o que é cidadania, saber que o poder de eleger ou não um representante do bem ou um corrupto está nas nossas mãos. Está mais do que na hora de pensarmos sobre o que realmente queremos para o nosso município, o nosso país. Mais do que na hora de refletir e agir de maneira moralmente correta e digna. Gente, se elegemos políticos ruins, nós mesmos é que sofreremos as consequências. E isto vale para qualquer tipo de eleição. Pensem nisto!


Moradores de olho


Moradores da Avenida Londrina, no Jardim Ypê II, me procuraram para reclamar que esperam há anos pela solução de problemas de buracos e água parada em cada esquina ao longo de toda a avenida e, para surpresa deles, puderam constatar que a obra foi realizada até agora em uma única esquina: a que fica em frente à casa do vice-prefeito Marçal Jorge Damião.
Uma moradora relatou que viu uma motociclista cair da moto em função do buraco existente entre a esquina da Londrina com a rua Cianorte. A foto, é claro, é ilustrativa. No local não há qualquer tipo de sinalização. O buraco na verdade é um bueiro, que com a pressão da água das chuvas teve sua tampa arrastada.
Só para lembra: o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro condenou o Município do Rio de Janeiro a pagar indenização de R$ 5 mil ao vendedor Maurício da Silva Carvalho, de 54 anos, que ao caminhar com dois amigos pelas ruas de Padre Miguel, bairro onde mora, localizado na Zona Oeste do Rio, acabou caindo dentro de um bueiro aberto e sem sinalização.
A água acumulada e parada, somada à abertura do bueiro resultam em um mau cheiro insuportável que entra residências a dentro. "O mau cheiro não fica só na rua não, entra na casa da gente", disse Marlene, salientando: "será que só enxergaram o problema lá na outra esquina?", indaga, referindo-se à obra realizada na última semana na esquina da residência do vice prefeito.
Os moradores estão de olho e avisam que vão esperar "mais um pouquinho". Se nada for feito, vai ser formada uma comissão de moradores para falar com o secretário de Obras e Viação ou então eles prometem fazer um abaixo-assinado que deverá ser entregue ao próprio prefeito, além de recorrerem á Câmara de Vereadores. O recado está dado!