Recebi um e-mail de Márcio Kardoso através do qual enviou-me um vídeo que mostrava um assalto e um assassinato. E ele me perguntava: não é para se indignar, Lúcia? Sim, Márcio, é para se indignar sim. Só que na minha opinião, a violência está se tornando banalizada. A toda hora assistimos imagens e ouvimos relatos sobre fatos que são horripilantes.
Mas não só nós, crianças também crescem vendo estas imagens e, com o tempo, é como se toda violência fosse um ato "normal". Afinal, acontece a toda hora, em qualquer lugar. A solução? O resultado é que cada dia mais pessoas "do bem" se vêem trancafiados dentro de casa, tolhidos na sua liberdade de ir e vir.
Enquanto os bandidos, os marginais, estes permanecem nas ruas. Não por culpa exclusiva de policiais militares ou civis. Não. Mas sim, por culpa de todo o sistema em funcionamento, que estamos cansados de saber, não funciona. Precisaria uma reforma total, geral. Enquanto isto não acontece, seguimos acompanhando crimes bárbaros, violências gratuitas.
Portanto, Márcio, não podemos deixar de nos indignar. Jamais. Pode não solucionar o problema, mas pelo menos continuaremos sendo sensíveis às dores, aos medos, às perdas de nosso próximo. Não podemos é deixarmos de ser humanos.