sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Indignação sim. Banalização não.

Recebi um e-mail de Márcio Kardoso através do qual enviou-me um vídeo que mostrava um assalto e um assassinato. E ele me perguntava: não é para se indignar, Lúcia? Sim, Márcio, é para se indignar sim. Só que na minha opinião, a violência está se tornando banalizada. A toda hora assistimos imagens e ouvimos relatos sobre fatos que são horripilantes.
Mas não só nós, crianças também crescem vendo estas imagens e, com o tempo, é como se toda violência fosse um ato "normal". Afinal, acontece a toda hora, em qualquer lugar. A solução? O resultado é que cada dia mais pessoas "do bem" se vêem trancafiados dentro de casa, tolhidos na sua liberdade de ir e vir.
Enquanto os bandidos, os marginais, estes permanecem nas ruas. Não por culpa exclusiva de policiais militares ou civis. Não. Mas sim, por culpa de todo o sistema em funcionamento, que estamos cansados de saber, não funciona. Precisaria uma reforma total, geral. Enquanto isto não acontece, seguimos acompanhando crimes bárbaros, violências gratuitas.
Portanto, Márcio, não podemos deixar de nos indignar. Jamais. Pode não solucionar o problema, mas pelo menos continuaremos sendo sensíveis às dores, aos medos, às perdas de nosso próximo. Não podemos é deixarmos de ser humanos.

7 comentários:

  1. É verdade Lúcia, há uma banalização generalizada da violência quando pessoas de todas as idades ouvem e vêem notícias diariamente sobre todo e qualquer tipo de delito ou crime. A violência está nas novelas, nos noticiários e até mesmo nos desenhos infantis.

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  2. Pedro, para quem não quer ouvir e ver notícias sobre violência, é só mudar de canal. Há muitas outras opções. Quanto às crianças, acredito que é só monitorar o que elas assistem ou deixam de assistir.

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  3. Discordo de você, Caio, quando diz que existem muitas opções. Não é verdade. A violência está em todo e qualquer veículo de comunicação, inclusive, na internet.

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  4. Eu vi este vídeo que enviou à jornalista, Márcio. Está disponível no Youtube. Realmente, é um absurdo! Quanto a solução cabe aos nossos legisladores - que devem rever leis e punições - e também aos políticos que elegemos, que deveriam estudar uma maneira digna e eficaz para solucionar o problema.

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  5. Na minha opinião, o problema crucial esta na educação, na formação do cidadão. Aí está a raiz de toda esta problemática. E é neste cerne que os governantes devem dar maior atenção e investir cada vez mais.

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  6. Sim, concordo! Educação, família! Base de tudo!
    E o pior é que, na maioria destes casos, a família não está presente, deixando para outros o que caberia a ela!

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  7. Verdade Roseli, a presença da família, inclusive acompanhando a educação no filho na escola, é primordial. E a maioria das vezes ela se esquiva sim de seu papel deixando a responsabilidade apenas para terceiros.

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