segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

No cemitério



Não sei precisar o ano, mas em plena madrugada, às 3h00 da manhã, alguém me telefona e diz que uma mulher estava desenterrando uma pessoa no cemitério da Praça da Bíblia, à época era o único que existia na cidade.
Um pouco desacreditada, desloquei-me até lá. E não é que a mulher estava mesmo tentando desenterrar alguém que havia sido sepultado na tarde daquele mesmo dia?
E ela conseguiu. Desenterrou o homem, batia violentamente em seu rosto e xingava-o com os piores adjetivos possíveis.
Conversando com ela, descobri que o homem era seu amásio. Havia sido preso e acabou falecendo depois de ter contraído o vírus da Aids. O motivo de tanta indignação era porque o amásio não lhe contou que era portador e, portanto, ela temia também estar contaminada. Ela bateu e xingou até se exaurir. Até que alguém aparecesse e colocasse o morto, de novo, em seu devido lugar. Dá para acreditar? Pois acreditem! Eu presenciei a cena.

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