segunda-feira, 6 de abril de 2009

E você, tem medo de que?


Elisa Corrêa, em um texto escrito para a revista Vida Simples, trata de um tema interessante, em minha opinião. Ela começa com relato sem especificar se é dela própria e de alguma outra pessoa que diz: “Faz cinco noites que não durmo. Ou durmo assim meio sem dormir, sono interrompido, olhos abertos às 4 da manhã. Tenho sentido a cabeça muito cheia de coisas, perturbada por uma sucessão de histórias do passado e sonhos para o futuro que mudam de lugar como num caleidoscópio. Meu estômago queima, mas não sinto fome, meu pescoço dói sem qualquer movimento. Sinto falta de energia, como se nas minhas veias corresse uma mistura de água com açúcar. Tudo isso porque vou mudar. De cidade, de trabalho, de contexto. Deixar para trás rostos conhecidos, abraços garantidos, portas para bater. Estou com medo do que me espera e do que não me espera também. De ir e querer voltar, de partir e não chegar, de tentar e não conseguir.
Medo todo mundo tem. Porque o medo é um sentimento natural de quem está vivo e tem a função de alerta, de avisar o organismo de um perigo ou ameaça e provocar reações de proteção. O problema é que, diferentemente dos animais, temos a consciência de que um dia iremos morrer.
Do medo da morte derivam muitos medos que nos acompanham desde sempre e os que habitam nossa alma nos dias de hoje. Há quem diga que a nossa é a Era dos Temores. Temos medo de tudo: do cigarro, da gordura trans, do aquecimento global. Das notícias ruins, de falar com um estranho, da crise mundial. De ser assaltado, de perder o emprego e até mesmo de ser feliz.
Não vamos falar aqui de medo de barata, de elevador ou de avião. Nem dos eternos medos da velhice e da solidão. Talvez você tenha outros medos, assim como eu. Mas para todos eles o remédio é um só: enfrentar e aprender que o importante não é deixar de ter medo, mas sim tocar a vida apesar dos medos”. E você, tem medo de que?

15 comentários:

  1. Parece até engraçado, mas tenho medo de cobra!Me lembro que na infância, onde hoje é a Seccional, próximo ao Cecap haviam diversas, e, muitas vezes era necessário desviar delas, pois eu ia junto com minha mãe ao trabalho.
    O pior Maria Lúcia, é que em nossa sociedade estão soltas muitas cobras, ursos e leões, não é mesmo?
    Excelente semana ...
    Beijão ...
    Eliana.

    ResponderExcluir
  2. Oi Lúcia querida amiga, que tema bom! Votei Legal! Aliás como sempre os temas que voce escolhe são ótimos. Concordo com a Eliana quando diz que muitas cobras, leões, ursos estão por aí... Quando eu era criança, não digo pequena porque pequena ainda sou, morria de medo de fantasmas, lobisomens, saci-pererê, cobras; hoje, os meus medos são outros, tenho medo de gente! Gente má, sem coração, que a qualquer preço faz coisas horríveis. Matam, roubam, estrupam, fazem fofocas, sem nenhum remorso; são frias! É preciso saber diferenciar e fazer escolhas, ter sabedoria para escolher os melhores caminhos e não dar sopa ao azar, por exemplo, eu jamais vou ficar vagando a noite depois de determinado horário. Acredito que se tomarmos cuidados com horários, lugares, pessoas, já é meio caminho andado para evitar desgostos. Não tenho medo de baratas, tenho nojo! Assim todos os problemas do mundo fossem as baratas... que bom seria. Ratifico que meu maior medo está na humanidade, veja que incoerência, justo eu que amo a Humanidade, tenho medo do que ela é capaz de fazer para subir na vida, para ter poder, dinheiro, fama, prazer; perceba minha amiga jornalista que os desejos mundanos estão justamente aí! Para sermos felizes não precisamos de nada disso, para nós simples mortais é preciso que a família esteja bem e mais nada! Mais uma vez acertou no tema, parabéns. Fique com Deus e a Ele entregaremos nossos medos, só Ele pode nos livrar das armadilhas da vida, mas Ele requer que façamos a nossa parte. Muito obrigada pela oportunidade que estou tendo, nesse momento, de colocar o que penso, o que sinto quanto aos meus maiores medos. Tenha um lindo dia, sem medos, querida amiga.
    Beijos pra voce e pra minha querida amiga Tina.
    Desculpe-me pelo longo texto que escrevi, repito que voce me deu esta maravilhosa liberdade.

    Fátima Fílon

    ResponderExcluir
  3. Maria Lúcia Ribeiro7 de abril de 2009 às 20:06

    Concordo plenamente com você Eliana. Em nossa sociedade, existem sim muitas cobras. E o pior é que muitas vezes não conseguimos nos desviar delas.

    beijos

    ResponderExcluir
  4. Maria Lúcia Ribeiro7 de abril de 2009 às 20:09

    Fátima querida, seus comentários são sempre enriquecedores. Realmente os rumos que a humanidade está tomando são assustadores. Precisamos não só nos previnirmos da maldade alheia, mas também termos discernimento suficiente para saber com quem conviver de maneira mais próxima não é? O que, para mim, é uma pena!

    beijos

    ResponderExcluir
  5. Eu tenho medo das outras que habitam em mim. Às vezes tenho medo de perder o controle.

    ResponderExcluir
  6. Eu tenho medo é dos outros. Nunca sei como vão agir, reagir, pensar. Tem um autor, do qual não me lembro o nome, que dizia que o inferno são os outros.

    ResponderExcluir
  7. Somos mesmo uma e muitas Viviane. Não se assute. Caso isso lhe preocupe muito, procure ajuda.

    ResponderExcluir
  8. Muitos podem nos deixar temerosas mesmo Roseane. Mas, sem os outros, seria impossível viver em sociedade não concorda? Isto sem contar que existem pessoas realmente maravilhosas! Pense nisso!

    ResponderExcluir
  9. Eu temo a revolta da natureza, que já está acontecendo: terremotos, enchentes, vendavais, deslizamentos...enfim...

    ResponderExcluir
  10. É verdade Cleonice. A humanidade deveria pensar melhor a respeito das consequências de seus atos. Muitos desastres poderiam ser evitados. Acredito que isso ainda vá acontecer! Só espero que não seja tarde demais!

    ResponderExcluir
  11. Eu tenho medo da morte.

    ResponderExcluir
  12. A morte é fonte de angústia de todos que vivem anônimo. Mas é a única certeza que podemos ter na vida. A de que ela - a morte - um dia chegará. É uma passagem da qual ninguém poderá fugir. Se pensarmos muito nela, deixamos de viver momentos interessantíssimos.

    ResponderExcluir
  13. Tenho um enorme medo desta solidão que às vezes parece me engolir, outras me sufocar. Sinto falta de presenças. De carinho, de toques, de abraço aconchegante. Chego a pensar que vou sucumbir neste isolamento.

    Damaris

    ResponderExcluir
  14. Damaris procure conhecer pessoas que possam ser amigas de verdade, menina, não fique nesse isolamento, isso não é bom, procure sair mais, bater papo; isso que voce está sentindo é solidão e a cura está em voce mesma, é preciso reagir porque senão a depressão pode aparecer, reage amiga, vou orar a Deus por voce. Fique tranquila e saia mais, conheça gente bacana. Deus te abençoe. Abraços.

    Ana Maria

    ResponderExcluir
  15. Maria Lúcia Ribeiro12 de abril de 2009 às 20:04

    A Ana Maria tem toda razão Damaris. Muitas vezes perdemos a oportunidade de conhecer pessoas incríveis porque nos mantemos enclausuradas dentro de nós mesmas. Procure sair desta e tenho certeza que encontrará muitos amigos.

    ResponderExcluir